Alessandro Alvarenga: Nasci em Caratinga, interior de Minas Gerais (terra de
Ziraldo, Miriam Leitão e Rui Castro), em 14 de Outubro de 1975. Sou Libriano com ascendente em Aquário e Lua em Aquário, o que denota meu perfil criativo e muito ansioso com o futuro e as novidades.
Carol Carneiro: Em que, ou em quem se inspira quando cria um móvel?
Alessandro Alvarenga: Na verdade, quando crio um produto, ou uma solução para algum cliente, eu primeiramente penso em quem vai utilizar este objeto ou vai dispor desta solução. Quais são as preferências, desejos, espectativas; o que faz esta pessoa brilhar os olhos e criar afetividade naquilo q/ está adquirindo. Afinal, o designer projeta visando atender a uma necessidade, mas se pensarmos bem todas as necessidades do ser humano ultra-comtemporâneo já foram superadas, se virtualizaram, se tornaram inatingíveis. Por isto penso quando projeto, no desejo que as pessoas têm de serem mais felizes ou simplesmente de incorporarem uma identidade nova e surpreendente. Penso na natureza e na simplicidade que são dois conceitos distintos. a primeira é muito rica, diversa e cheia de detalhes; a segunda é a coisa mais difícil de se atingir, mas não menos rica e valorosa.
C.C: Quando faz uma peça pensa logo em algum acabamento específico, ou faz de forma a ser utilizada em vários acabamentos?
A.A: Penso sempre num produto que assuma a configuração que mais agrade a quem adquiri. Se alguém deseja algo que seja completamente diferente do convencional em termos de acabamento, meus projetos permitem que sejam tocados pelo seu usuário, ou transformado de modo que o agrade mais. Isso cria laços afetivos e, pensando assim, somos até mesmo ecológicos, pois não nos desfazemos daquilo que amamos.
C.C: Vivendo hoje num mundo mais ecológico, ao criar móveis pensa em soluções ecologicamente corretas?
A.A: Nada é supremamente e ecologicamente correto. Este termo até mesmo se perde nos diversos conceitos que foram criados e levantados atualmente. Nem sempre usar madeira é anti- ecológico. Um produto deve ser pensado em diversos níveis; se a pessoa q/ o produz está com saúde, feliz, bem alimentada ou se tem lazer o produto produzido por ela torna-se socialmente justo. Se pensarmos na energia dispendida e na economia dela estamos sendo racionais com recursos renováveis. Se pensarmos em como será embalado, se esta embalagem é retornável, ou reciclavel, somos responsáveis com os recursos não renováveis. Se pensarmos na afetividade criado entre o usuário e o objeto estamos demonstrando inteligência no consumo consciente, ou seja, compro aquilo que gosto, que valorizo e que desejo manter por muitos anos. Isto é pensar no futuro e não gastar além do necessário e obter o máximo de prazer na experiência de utilizar um objeto.
PRÊMIOS NO BRASIL:
-Classificado no prêmio Abimóbvel 2003 com a Chaise Akaia
-Classificado (juntamente com Glaucia Silveira e Suka Braga) no concurso do centenário da coroação da padroeira do Brasil, onde venceram no juri popular com mais de 60 mil votos.
PRÊMIOS NO EXTERIOR:
-Classificado entre os 900 principais designers de jóias do mundo pelo concurso HRD (High Council Awards) em 2003 pela jóia "Dancer" (Antuérpia, Belgica).
-Classificado em parceria com Suka Braga, no concurso HRD em 2005 entre os principais designers de jóias do mundo com a jóia "Catavento" patrocinada pela Talento Jóias.
Teve seus trabalhos publicados na Elle Decor, Vogue (Internacionais) e Casa Claudia, Habitat, Casa&Jardim, Casa Mix, entre outras.
Oie Carol! obrigada pela visita e pelas palavras carinhosas! Volte sempre viu?
ResponderExcluirBjo bjo *Ü*